Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo 1 x 1 Portuguesa: abaixo a nossa LéoMourização!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Flamengo 1 x 1 Portuguesa: abaixo a nossa LéoMourização!

Já virou uma rotina, e das mais pentelhas: os jogos do Flamengo no meio de semana estão de estourar qualquer saco. A mais nova decepção teve requintes de crueldade e, especialmente, de uma incompetência inaceitável para qualquer um que se diz profissional de futebol. E dentre os envolvidos na lambança do gol do goleiro Lauro está ele, Léo Moura, ex-jogador em atividade pela lateral direita, protagonista da cagada da vez e blindado pelos quatro costados por nossa diretoria.

Este mesmo Léo Moura, ao comentar sobre o gol adversário, não se furtou em sorrir (como você pode constatar no vídeo presente no link da matéria do Globo Esporte). Veja bem: sorrir por conta de quê? Com o quê? Para quê?

Não vou nunca saber. Nem boa parte dos Rubro-Negros que conheço. O desavergonhado semblante de conformismo irônico de nosso lateral é, na verdade, revelador demais. É a mais pura essência de um Flamengo que não tem nada a ver com o Flamengo: descompromissado e desculpista. Se você prestar bastante atenção, o que ele tá dizendo é praticamente um "dei azar" - ou, em outras palavras, "ninguém teve culpa de nada". 

Instantes depois dessa declaração, parte da entourage Rubro-Negra foi obrigada a ouvir o desabafo sincero e veemente desse tiozão aqui. Vale a pena o seu play, caso ainda não tenha visto: 




Tão contundente quanto relevante, o que esse tio disse nas entrelinhas foi um basta a LeoMourização do Flamengo. E como poderíamos definir o que há por trás dessa expressão? Como descrever esse movimento silencioso porém presente, que tanto mal já fez a nós e que pode nos ser ainda mais danoso, pernicioso, prejudicial do que já foi?

No jogo de ontem, claro que o melhor exemplo foi na fatídica jogada do gol de empate, cujo início podemos considerar o erro do bom Mano Menezes em, com um jogador a mais e contra uma equipe limitada, tirar um atacante para pôr um zagueiro, recuando o time. Como disse bem o Arthur Muhlemberg no Twitter, o Flamengo nunca soube, não sabe e provavelmente jamais saberá jogar para segurar resultado. E quis o destino que o zagueiro em questão, o jovem e promissor Samir, arrumasse um escanteio desnecessário que, cobrado, não teve a fundamental participação de Gonzalez do jeito devido, que levou a um micaço inominável do camisa 2. Nos três atos que compuseram a tragédia, a marca do descuido - e LéoMourização é, ao optar pelo medíocre, permitir-se um perigoso relaxamento.

Outro bom exemplo está nessa parada de dizer que o time está focado - um clichezaço insuportável que se torna ainda mais intragável quando não corresponde à verdade. Time focado não cede córner de bobeira. Time focado não toma gol de cabeceio de goleiro no escanteio. Time focado não deixa uma bola lenta como foi a do gol "resvalar" tranquilamente no corpo de um defensor e ir parar no fundo das redes. Por favor, vamos lá: qualquer um que conhece um tiquinho de futebol entende que, se não há mais time bobo, escanteio desnecessário não é coisa que se dê. Sabe que, em campo, jogador deve marcar jogador, e não a bola. Tem plena consciência, ainda, de que bola na pequena área é resolvida na base do chutão pra casa do Meirelles. E, aos 47 do segundo tempo, aí mesmo é que tudo tem que virar pé. Pé para dar botinada...especialmente em bola em slow motion.

Pior do que renegar essas obviedades é vir, na sequência, com a titica já feita, mandar o papinho de "agora aprendemos". Essa fala está lá, na entrevista do LM2, no finzinho da segunda resposta que ele dá,  - precisamente aos 21 segundos de vídeo. Deu preguiça de voltar nele? Deixa que eu transcrevo: "É bom que a gente agora fica antenado até o último apito para não ser surpreendido nessas bolas". Na boa: cadê o fato novo? Será que o time do Flamengo não viu exatamente isso ser provado a nosso favor há 2 rodadas, quando empatamos com o Botafogo? Se isso é novidade para alguém - algo de que duvido -, não o é para um jogador de 34 anos. LéoMourização é maquiar o velho como recente, a ladainha como algo inédito, a porrada costumeira como a primeira-vez-para-nunca-mais. 

Para finalizar minha descrição, de novo, o sorrisinho. Uma coisa é estar tranquilo; a outra é levar na boa o que é naturalmente indigesto pra quem tem o mínimo de comprometimento. No mínimo, fazer isso é revelar não possuir qualquer vínculo com o papel que presta (ou deveria prestar); ou, para tentar ser minimamente ingênuo e generoso, ter uma soberba disfarçada de segurança, de que "tá tudo certo, calma que a gente vai chegar lá, nada de mal nos acontecerá". Quanto engano em palavras e em postura. Numa hora e numa situação destas, esta empáfia só é permitida aos torcedores, nas folclóricas resenhas com os rivais. Profissional de futebol não pode se comportar assim, diante de câmeras, do espelho, dos colegas, dos torcedores. LéoMourização é, também, não assimilar os golpes da forma que eles precisam ser absorvidos, por um mínimo de vergonha na cara diante da Nação.

E é por isso tudo que os gritos de revolta, de alerta e de indignação do coroa do outro vídeo estão certos. O jogo de ontem precisa ser um alerta em diversos níveis, para diversas coisas. É preciso mais foco. É preciso menos desculpas. Nos casos de falha, é preciso reflexões mais sérias, em atos, palavras e até nas feições. É preciso parar de achar que os erros se corrigirão "com a natureza" sem que se faça um esforço verdadeiro para isso - seja no ajuste da marcação, no preço do ingresso ou na decisão de que o Flamengo e torcida precisam estar mais juntos e em casa.

A LéoMourização tem que ser banida da Gávea, e pra ontem; e começar com a saída do seu "muso inspirador" seria uma ótima. Ou isso, ou teremos que pedir ao chefe do tiozão pra liberá-lo para comparecer a tantas outras chegadas melancólicas do Flamengo. Mas garanto que você, assim como eu, escolhe a opção nº1. Basta!

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Não quis falar da partida em si porque foi feia de doer. Chata demais.

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Verdade seja dita: jogo que teve gol de João Paulo (ainda que de pênalti) só podia mesmo acabar de forma bizarra.

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Hernane - o artilheiro dos gols de um só toque na bola - perdeu dois, dos quais pelo menos um eu acredito em que Moreno faria. O boliviano já está fazendo falta.

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Se as quartas estão difíceis, que o Fla x Flu confirme os domingos como sendo dias mais felizes para a Nação.

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Cadu inexistente, Gabriel apagado... E o nosso camisa 10, hein? Não vai chegar não?

2 comentários:

  1. Convenhamos: o time do Flamengo tem jovens inexperientes, jogadores formados fracos e os experientes são os piores do time (Felipe, Leo Moura, Gonzeles...)

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  2. Léo Moura e os demais "craques" do Flamengo já escutaram aquela expressão futebolística; "bola pro mato que o jogo é de campeonato!"

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